terça-feira, 31 de agosto de 2010

Metodologias e a EAD


O Sofismo e a Metodologia e a EAD


O termo grego sofista significa homem hábil em qualquer assunto, significa “mestre da sabedoria”. Esses homens eram professores que ensinavam em toda a Grécia. Os sofistas se posicionavam como detentores do saber. Contudo não se comprometem com a verdade, mas sim com a opinião. Em seus discursos, os sofistas se apóiam em valores comuns com o objetivo de criar sobre eles um consenso e gerar adesão.
Para os sofistas o discurso era fundamental, ou seja, o poder da fala e a capacidade para convencer, não importando a veracidade do que era falado.
A verdade do discurso não era o mais importante, mas sim de convencer seu ouvinte, o mais importante no discurso era provar que o adversário é que estava errado, ou de convencer seu próprio adversário.
Podemos comparar a forma que os sofistas ensinavam com o modelo da conferência e da assembléia. Os sofistas eram os conferencistas que procuravam provocar reações prazerosas nos expectadores, ou seja, utilizavam uma diferente forma de falar, usando de forma sutil, presença de palco para ganhar a admiração e o respeito de quem os ouvia.
A EAD na sua abordagem não trabalha com a retórica, não interferindo na apropriação do saber do aluno, pois esse é responsável pelo seu próprio saber, que se faz com as ferramentas disponibilizadas como as apostilas, web conferências, tutor presencial, internet.
Podemos concluir que a EAD é um processo interativo entre aluno e tutores e mestres. E a aquisição do saber é algo autônomo e não está voltada para o mestre. Diferente dos sofistas que o saber era de responsabilidade do mestre considerado dando da verdade absoluta e detentor do saber.
A EAD das décadas passadas era bem parecida com o método sofista, pois utilizavam a televisão como ferramenta de ensino, e o aluno não tinha oportunidade de questionar ou acrescentar algo ao que via, ficando a mercê do que era apresentado. Hoje graças às novas tecnologias o aluno interage e torna-se responsável pela apropriação do saber.


OBRAS UTILIZADAS
DURANT, Will, História da Filosofia - A Vida e as Idéias dos Grandes Filósofos, São Paulo, Editora Nacional, 1.ª edição, 1926.
FRANCA S. J., Padre Leonel, Noções de História da Filosofia.
PADOVANI, Umberto e CASTAGNOLA, Luís, História da Filosofia, Edições Melhoramentos, São Paulo, 10.ª edição, 1974.
VERGEZ, André e HUISMAN, Denis, História da Filosofia Ilustrada pelos Textos, Freitas Bastos, Rio de Janeiro, 4.ª edição, 1980.
Coleção Os Pensadores, Os Pré-socráticos, Abril Cultural, São Paulo, 1.ª edição, vol.I, agosto 1973.


SOCRATES COM A POSTURA EAD.

Para Sócrates nada precisa ser ensinado. O mestre acompanha o aprendiz, para ele todos detêm o saber, mas estão distanciados destes, então, consiste em reaproximá-lo desse saber. Praticamente, na exposição polêmica e didática destas idéias, Sócrates adotava sempre o diálogo, que revestia uma dúplice forma, conforme se tratava de um adversário a confutar ou de um discípulo a instruir. No primeiro caso, assumia humildemente a atitude de quem aprende e ia multiplicando as perguntas até colher o adversário presunçoso em evidente contradição e constrangê-lo à confissão humilhante de sua ignorância. É a ironiasocrática. No segundo caso, tratando-se de um discípulo (e era muitas vezes o próprio adversário vencido), multiplicava ainda as perguntas, dirigindo-as agora ao fim de obter, por indução dos casos particulares e concretos, um conceito, uma definição geral do objeto em questão. A este processo pedagógico, em memória da profissão materna, denominava ele maiêutica ou engenhosa obstetrícia do espírito, que facilitava a parturição das idéias. Ele nada ensinava, apenas ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas opiniões próprias e limpas de falsos valores, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro, de acordo com a consciência, e que não se pode obter expremendo-se os outros.
Assim, para Sócrates o papel do professor é apenas fazer com que o aprendiz retome a verdade da qual se afastou por esquecimento. Até mesmo na atividade de aprender uma disciplina qualquer, o professor nada mais pode fazer que orientar e esclarecer dúvidas, como um lapidador tira o excesso de entulho do diamante, não fazendo o próprio diamante. O processo de aprender é um processo interno, e tanto mais eficaz quanto maior for o interesse de aprender. Só o conhecimento que vem de dentro é capaz de revelar o verdadeiro discernimento.
Frente a isso, a metodologia EAD se identifica com a postura socrática, pois o aluno não tem a presença constante do professor para guiá-lo em sua busca do conhecimento, assim, na metodologia EAD o aluno deve ter uma postura ativa diante do processo de ensino e de aprendizagem, ninguém pode fazer isso por ele, já que não existe a figura centralizadora do mestre.

“Por onde se vê que a indução socrática não tem o caráter demonstrativo do moderno processo lógico, que vai do fenômeno à lei, mas é um meio de generalização, que remonta do indivíduo à noção universal.”

BIBLIOGRAFIA

http://www.mundodosfilosofos.com.br/socrates.htm
http://www.antroposmoderno.com/antro-articulo.php?id_articulo=587
MURTA, claudia.Metodologia EAD- vitória: universidade Federal do Espirito Santo, Nucleo de Educação aberta e à Distância/ Daliana, 2008.


Modelo Lacaniano e a Metodologia EAD


Para Lacan a linguagem tem seus significados no inconsciente, por isso diz que a linguagem não é a essência da comunicação, mas sim, a essência do sujeito, já que o inconsciente seria o pensamento, então o sujeito fala e é capaz de produzir o seu próprio produto, por isso, quando fundou a Escola Francesa de Psicanálise adotou o princípio de uma elaboração sustentada num pequeno grupo, denominado de cartel, para a execução do trabalho na escola, elaborando produto próprio de cada um .

Este grupo muito pequeno, composto de no máximo cinco participantes, um se nomeará e irá ser encarregado da seleção, da discussão, e da solução a reservar o trabalho de cada um. Lacan formaliza o cartel seguindo cinco passos:

Primeiro: Elege quatro membros que irão elaborar seu próprio saber.

Segundo: O conjunto dos quatro efetua-se em torno de um Mais-Um que irá velar pelos efeitos internos da empresa e provocar elaboração.

Terceiro: Para prevenir o efeito cola, faz-se permuta no término fixado de um ano, dois anos no máximo.

Quarto: Nenhum progresso se deve esperar, salvo o de colocar em céu aberto, periodicamente, tanto os resultados como as crises de trabalho.

Quinto: O sorteio assegura a renovação regular dos pontos de referência criados a fim de vetorializar o conjunto.


O cartel diminui a importância do curso magistral, nesse caso, não cabe a idéia de um professor transmissor, devendo este colocar-se como apenas mais um entre os aprendizes, ao lhe dar com a possibilidade do saber, cada membro inclui sua própria condição de pensamento no processo de aprendizagem, desta forma o cartel passa a ser uma ferramenta muito interessante para o estudo do ensino a distancia.

Na EAD, o tutor (mais um) mediatiza o aluno em seu aprendizado, ocupando um lugar daquele que se diz nada saber, caminhando junto com o aluno na descoberta do saber, nessa proposta educacional o que importa é o trabalho de orientação e não o saber estabelecido, possibilitando o processo de aprendizagem permanente, pelo fato do saber produzido nunca estar completo, sempre faltando algo mais para saber, gerando uma busca incessante, fazendo-se necessário a satisfação para continuar buscando cada vez mais.



Jacotot e a Metodologia EAD
O mestre Jacotot propõe trabalhar com o exercício do pensamento, propõe ainda questionar a tudo e a todos, até nos mesmos,o que nos promove educar sem subestimar ninguém até nossa pessoa.

Rancière reprova Sócrates , diz que o importante filósofo não passa de uma pessoa que se acha superior a todos e Jacotot é a favor da igualdade. Segundo Rancière Sócrates usa da dissimulação para transmitir seu saber o que o torna perigoso, nega ser educador, mas sempre sabe de antemão o que os outros deviam saber.
Só uma única educação que vale apena a que emancipa. Quem não deixa que os outros se emancipem , embrutece.
Na sua história Jacotot usou um método onde o professor possibilita a emancipação dos outros, ele passou acreditar que seria preciso mudar seu tradicional método de ensinar.
Através da explicação o mestre transmite seus conhecimentos e verifica se o aluno entendeu, para Jacotot, passa ser o principio do embrutecimento.
Em contradição a esse princípio surge o principio da emancipação. No método emancipador pode-se ensinar qualquer coisa, mesmo sendo ignorante no assunto. Mas para isso é preciso emancipar o aluno , ou seja , fazer com que o aluno aprender sozinho, usando a sua capacidade intelectual e o seu desejo de aprender.

Assim como no método de Jacotot a EAD esta voltada para emancipação do aluno. O mestre Jacotot propõe uma relação pedagógica em que o processo ensino aprendizagem estaria voltado para a vontade de aprender manifestada pelo aluno. O mestre tem papel importante de motivador.

Na metodologia EAD o aluno também a partir do seu desejo e motivação constroe seu saber, usando as várias mídias propiciando um fenômeno contemporâneo onde ocorre interação social e aprendizagem colaborativa.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Mídias na educação: Convergência das Mídias

Para Piaget (1972), o conhecimento é construído nas interações entre o sujeito e o meio, dependendo dos dois ao mesmo tempo e, portanto, a interação é a ação entre pessoas e o meio, que geram a conservação, a formação ou a transformação das estruturas cognitivas e a construção de novos significados.
Os meios de comunicação no mundo de hoje, vem crescendo e se integrando formando uma grande rede sócio-global que se interagem através de equipamentos de alta tecnologia, como celular, TV digital, rádio, internet, podendo vir a ser um único aparelho para vários tipos de comunicações, como por exemplo, o celular que captura fotos, filma, armazena e envia textos, acessa a internet, é radio e TV tudo ao mesmo tempo, a internet com suas múltiplas e infinitas ferramentas tornando a vida mais prática, abrindo um vasto leque de possibilidades, inclusive na educação , tornando alunos e professores autores de um processo educativo interativo que favorece uma nova forma de pesquisa constituindo uma ética eclética, múltipla e diversa, subentendendo-se uma sociedade digital, colaborativa, democrática e socializada, formando uma educação diferenciada e contemporânea que lhes oferecerá subsídio para a construção do seu próprio saber.
“Com a convergência das mídias cada vez mais inserida ao contexto de vida do ser humano, é o suficiente para entendermos que não precisamos exatamente da matéria para nos sentirmos em harmonia para com o outro, e sim da interação da intersubjetividade que nos liga um ao outro dentro de uma certeza de que não estamos sós e que unidos pensamos, interagimos e criamos.”
Este é o meu pensamento... rsrsrsrs...Participe...Blog o seu!!!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

REDES SOCIAIS




Qual é a quantidade de sal que você come?..... com seus amigos.


No meu ponto de vista, as redes socias, são os meios virtuais que permitem manter contato com amigos e fazer novas amizades.

Se parece como em uma praça, um clube ou um bar, esse é o espaço no qual as pessoas trocam informações sobre as novidades cotidianas de sua vida, mostram as fotos dos filhos, comentam os vídeos caseiros uns dos outros, compartilham suas músicas preferidas e até descobrem novas oportunidades de trabalho. Tudo como as relações sociais devem ser, mas com uma grande diferença: a ausência quase total de contato pessoal. Sites como Orkut, é um dos mais utilizados no Brasil.

Para o sociólogo americano Robert Weiss escreveu, na década de 70, que existem dois tipos de solidão: a emocional e a social. Segundo Weiss, "a solidão emocional é o sentimento de vazio e inquietação causado pela falta de relacionamentos profundos. A solidão social é o sentimento de tédio e marginalidade causado pela falta de amizades ou de um sentimento de pertencer a uma comunidade". Vários estudos têm reforçado a tese de que os sites de relacionamentos diminuem a solidão social, mas aumentam significativamente a solidão emocional. É como se os participantes dessas páginas na internet estivessem sempre rodeados de pessoas, mas não pudessem contar com nenhuma delas para uma relação mais próxima.
Na internet, é fácil administrar uma enorme rede de contatos, com pessoas pouco conhecidas, porque estão todos ao alcance de um clique. A lista de amigos virtuais é uma espécie de agenda de telefones, com a vantagem de não ser necessário ligar para todos uma vez por ano para não ser esquecido. Basta manter o perfil atualizado e acrescentar à página comentários sobre, por exemplo, suas atividades cotidianas.

A internet tornou-se um vasto ponto de encontro de contatos superficiais. É o oposto do que, segundo escreveu o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), de fato aproxima os amigos: "Eles precisam de tempo e de intimidade; como diz o ditado, não podem se conhecer sem que tenham comido juntos a quantidade necessária de sal".

Caros seguidores, qual o ponto de vista de vocês sobre os relacionamentos nas redes socias?

Fonte:http://veja.abril.com.br/080709/nos-lacos-fracos-internet-p-94.shtml
Para mais informações acesse o video: http://www.youtube.com/watch?v=-CnYL5Jml6Q

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Boas Vindas

Boa Noite!

Este blog foi criado pela segunda turma da Especialização em Psicanálise e Filosofia de Domingos Martins com o intuito de postarmos materiais de relevância da temática.

Atenciosamente,
Angela, Adenilde, Daiana, Minervina e Nelza.